Friday, April 11, 2008

Gatinhos orfãos - cuidados básicos

Não é raro nos depararmos com uma ninhada de bebes gatinhos,muitos até, de olhinhos fechados e é aí que surgem vários questionamentos a cerca de como proceder. Em primeiro lugar , deixamos claro que é uma tarefa árdua e que requer muita dedicação e arriscaríamos dizer SORTE. Pois há uma forte tendência desses filhotinhos virem a óbito ( o leite materno faz muita falta , principalmente o colostro - leite da primeira mamada) , porém há que se ter a certeza de que tudo foi feito de nossa parte.
Existem no mercado pet algumas marcas de sucedâneos do leite materno, bem como mamadeiras a disposição, mas existem também as receitas caseiras, aqui vai um exemplo pra vocês:

1 litro de leite
2 colheres de sopa de açúcar
1 colher de cafezinho de sal
1 gema de ovo
1 colher de manteiga

Misturar tudo e levar ao fogo .Quando estiver levantando a fervura baixar o fogo e adicionar uma mistura - já preparada-uma colher de sobremesa de amido de milho em um pouquinho de agua (suficiente para desmanchar o amido).
Mexer por 3 minutos e deixar esfriar.
Tal mistura pode ser conservada em geladeira por 5 dias .

O filhotinho deve ser mantido aquecido com bolsa de água quente ou assemelhado para suprir o calor que teria ao contato com sua mãezinha. Sozinho não consegue manter a temperatura corporal. Oferece-se em torno de 2ml de leite a cada 2 ou 3 horas. O filhote deve ser alimentado na posição que chamamos fisiológica (nunca como um bebê humano) e sim com as patinhas para baixo, procure que o indivíduo sugue o leite porque se for empurrado com uma seringa por exemplo há grandes chances de fazer uma falsa-via, ou seja, o leite ao invés de ir pro trato digestivo vai para o trato respiratório o que desencadearia sérios problemas.

Após alimentar o filhote é necessário estimula-lo para que urine e defeque através de massagens suaves no abdômen e genitália externa. Somente dessa forma eles farão suas necessidades porque na natureza essa incumbência é da gata mãe que lambe seus bebês estimulando-os. Em torno de 30 dias de vida já se pode oferecer o leite no comedouro. O início será inesquecível por conta do banho que o aprendiz tomará de leite mas em seguida aprenderá!

Espero ter ajudado. Boa Sorte!

Cristina Fernandes
Médica Veterinária
CRMV-RS: 5632

Fonte: Blog da Tropinha

Saturday, November 18, 2006

Quando o homem vira anjo


Sônia e Beth,

dois anjos cariocas.


Então Sônia cansou da sua condição de Ser Humano e resolveu virar anjo. Tem muito tempo que isto aconteceu. E Beth também começou a cultivar suas asas tem bem uns 10 anos.

Cedo cedinho, uma delas já está lá. Levam junto ração, água e grandes porções de carinho e consciência. E eles se juntam em torno delas para receberem alimento para o corpinho, e carinho e cafunés para seus corações.

Raro um turista ou morador não parar para apreciar esta cena. Afinal é muito difícil a gente resistir a tentação de assistir instantes de amor puro e desprendido. E não faltam elogios e ofertas de dinheiro para que isto nunca se acabe. Os elogios são aceitos de coração aberto e humilde, por saber que é pouco, muito pouco ainda perto do que se sonha em fazer e o dinheiro recusado com a explicação de que elas sentem isto como responsabilidade delas.
Beth e Sônia também precisam conversar com alguns garotos, que por vezes, ameaçam os bichanos. E com o mesmo carinho e ternura conseguem tocar em algum cantinho destes corações machucados e calejados pela vida dura, apesar da pouca idade. Muitos deles se tornam aliados na vigia contra maus tratos.

Enquanto os gatinhos se alimentam são observados por elas. Beth e Sônia conhecem bem gatinhos, sabem se estão saudáveis ou não. E os que não estão, se for possível, são tratados no próprio local, ou então são separados, levados ao veterinário, tratados e só retornam quando estão totalmente restabelecidos.
As fêmeas são castradas assim que chegam na idade certa, ou se já chegam adultas, imediatamente. Os machos não são castrados, a não ser que tenham alguma doença que faça isto necessário, pois como animais territoriais precisam estar com tudo em cima para as disputas.

Cada um tem um nome, escolhido de acordo com suas características físicas ou psicológicas. Beth e Sônia escolhem com carinho de mãe. E assim temos Cristal, Karina, Docinho, Ed, Bóris e por aí vai. Nomes e sentimentos.

Beth me disse: "...sabe, eu e Sônia amamos aqueles gatos como se fossem nossos e não deixam de ser." Eu bem sei, quantas vezes Beth chorou porque Ed ou Bóris ou outro deles estava doente. E ela continuou "... o que eu queria mesmo é que (o pessoal) focalizasse mais a castração de seus animais. Muitos não estariam na rua se as pessoas fizessem isto. Porque hoje uma gata, ao final de um ano pode ter tido 15 gatos ou mais, e aí despejam na rua. Tenho vários lá que foram abandonados filhotinhos."

E aí volto a bater na velha tecla, numa monodia, quase um mantra: exercer a Posse Responsável. Muitas das tragédias seriam assim evitadas. Como a que aconteceu a menos de um mês no Arpoador, onde vários gatinhos foram cruelmente esquartejados. Mas, um animal, seja ele gato ou cachorro, abandonado à própria sorte, numa cidade é tão terrível quanto. É mito que um gato saiba se virar bem na rua. Digo isto cansada de ver tantos corpos de bichos atropelados, tantos animais esquálidos, mortos de sede e fome. Amedrontados, com frio, tristes. Isto também é criminoso.

E acabo pensando em Beth e Sônia como anjos. Anjos porque agem como deveriam agir todos os humanos. Somos responsáveis por este planeta. Somos por termos consciência. Responsáveis por nossas vidas, pelas vidas dos nossos iguais, dos animais, das matas, das águas...

Separe o lixo, não desperdice água, castre seu animal de estimação, ajude alguém e se você pode, adote um gatinho.


Wednesday, November 01, 2006

Posse Responsável

Quando andamos na rua e vemos gatinhos e cachorrinhos abandonados nos sentimos tristes, mas não passa, normalmente, pela nossa cabeça que temos muita responsabilidade sobre isto.

Mas temos. Toda a sociedade tem. E temos de duas formas. A primeira é diretamente com os nossos próprios animais de estimação, proporcionando a ele todas as condições de vida digna e a segunda forma, muito esquecida, é a propagação da idéia. Não adianta nada propiciarmos condições excelentes para nossos animais se vemos nossos vizinhos agirem totalmente diferente.

O conhecimento é um bem da humanidade e somos omissos se não o dividimos.

Aqui vai um texto muito explicativo sobre Posse Responsável.

Seja responsável, aplique e divulgue.

Todos os animais abandonados te agradecem.

Os Dez Mandamentos ARCA Brasil da
Posse Responsável de Cães e Gatos

Antes de adquirir um animal, considere que seu tempo médio de vida é de 12 anos. Pergunte à família se todos estão de acordo, se há recursos necessários para mantê-lo e verifique quem cuidará dele nas férias ou em feriados prolongados.

Adote animais de abrigos públicos e privados (vacinados e castrados), em vez de comprar por impulso.

Informe-se sobre as características e necessidades da espécie escolhida – tamanho, peculiaridades, espaço físico.

Mantenha o seu animal sempre dentro de casa, jamais solto na rua. Para os cães, passeios são fundamentais, mas apenas com coleira/guia e conduzido por quem possa contê-lo.

Cuide da saúde física do animal. Forneça abrigo, alimento, vacinas e leve-o regularmente ao veterinário. Dê banho, escove e exercite-o regularmente.

Zele pela saúde psicológica do animal. Dê atenção, carinho e ambiente adequado a ele.

Eduque o animal, se necessário, por meio de adestramento, mas respeite suas características.

Recolha e jogue os dejetos (cocô) em local apropriado.

Identifique o animal com plaqueta e registre-o no Centro de Controle de Zoonoses ou similar, informando-se sobre a legislação do local. Também é recomendável uma identificação permanente (microchip ou tatuagem).

Evite as crias indesejadas de cães e gatos. Castre os machos e fêmeas. A castração é a única medida definitiva no controle da procriação e não tem contra-indicações.

Saturday, October 21, 2006

Ambigüidade




Curioso como tudo pode ter duas faces.
Um lindo cartão postal na cidade do Rio de Janerio tem em suas entranhas lugares tristes, frios e perigosos.

Este belo local, onde humanos passeiam e desfrutam a paisagem, acabou sendo o último e desesperado refúgio para os gatos de rua, que na ânsia de escapar de atropelamentos acidentais ou propositais e outras atrocidades das mais diversas encontraram nas úmidas e frias reentrâncias da estrutura deste local um frágil abrigo. Expostos ao frio, chuva, ataques de cães e de pessoas cruéis.

A cidade do Rio de Janeiro para os homens também possui este lado triste, frio e perigoso, onde nos sentimos expostos e sózinhos.
Nós da Equipe SOS Gatinhos Cariocas sugerimos: unam-se humanos e gatos solitários e juntos, temos certeza, nascerá uma amizade onde estas sensações se dissiparão, dando lugar a uma relação de amor e companheirismo.

Adote um gatinho.

sosgatinhoscariocas@gmail.com